@jecogeo um palpite para tentar te ajudar com isso é separar o "ser" e o "fazer". Eu acredito que o que somos é um pouco mais do que o que fomos treinados, pois acrescentamos camadas ao nosso ser que vêm das vivências e batem e nossa subjetividade. Ou seja, "somos" também aquilo que não nos ensinaram, mas que acumulamos com nosso viver, de forma consciente ou não.
E aí minha separação. Eu "faço" coisas profissionalmente, mas não necessariamente "sou" aquilo. No dia que não precisar mais fazer, aquilo deixa de fazer parte da minha vida rapidinho (sonho de aposentadoria que nunca chega). Com isso, eu também faço outras coisas. Você pode ser tudo aquilo que você falou, sem estar fazendo aquilo por obrigação ou dependência financeira. E não é papo de "você pode ser o que quiser", porque existem limitações físicas, temporais e financeiras que nos impedem de fazer isso plenamente. Mas podemos ter nossos momentos de fazer o que gostamos, de sermos o que queremos ser. E uma forma de encarar a vida e aproveitar esse conjunto de pequenos momentos e costurá-los da melhor forma que dermos conta. 🙂