@Ze_Andarilho Nunca assisti essas séries mas pela sua descrição bate com algo que eu vi em um vídeo do QnS sobre essas mídias que se mostram como significantes nulos, sempre mantendo sua "mensagem" indistinta o suficiente para poderem ser apropriadas por qualquer grupo
@augustocc@social.br-linux.org Me lembrou a historia do assaltante que passou suco de limão do rosto achando que isso o tornaria invisivel as cameras de segurança.
Estava pensando em como a tal do diário de gratidão é um conceito de positividade tóxica, como uma parte da psicologia acaba por esse caminho, desde a psicologia positiva até a TCC. Soluções simples para o mal-estar, soluções individuais. Tomo meus remédios mas nunca me dei bem com a psicologia. Esse ano li “Sociedade paliativa” do Byung-Chul Han, ele exprime bem esse meu desconforto: “Cada um tem de cuidar da própria felicidade. Ela se torna um assunto privado. Também o sofrimento é interpretado como resultado do próprio fracasso. Assim há, em vez de revolução, depressão. Enquanto buscamos curar nossa própria alma, perdemos de vista os contextos sociais que levam a rejeições sociais. Se medos e incertezas nos assolam, responsabilizamos não a sociedade, mas nós mesmos por isso.”, O dispositivo de felicidade neoliberal nos distrai do sistema de dominação [Herrschaftszusammenhang] existente ao nos obrigar apenas à introspecção da alma. Ele cuida para que cada um se ocupe apenas ainda consigo mesmo, com a sua própria psyché, em vez de interrogar criticamente as relações sociais. O sofrimento pelo qual a sociedade seria responsável é privatizado e psicologizado. Devem se melhorar não as condições sociais, mas sim as da alma. A demanda pela otimização da alma, que, na realidade, obriga a uma adequação às relações de dominação, oculta misérias sociais.
@Ze_Andarilho@john@ayom.media As editoras tem boa parte de culpa nisso, fazendo produtos cada vez mais "luxuosos" cheios de frufru pra qualquer historinha, isso vem nichando cado vez mais o publico e gerando uma bolha
@felipesiles@ayom.media Na verdade existe toda a escola peripateutica de se fazer filosofia caminhando começando com Aristóteles. Apesar disso Nietzsche não chega a ser um desses. Outro filósofo nessa leva mas que não leva a pecha de peripatético é o próprio Kant, que era tão metódico com suas caminhadas que os habitantes de Konigsberg diziam que podiam ajustar seus relógios quanto Kant passava