@cochise e Skinner demonstra por vários experimentos a ineficácia da punição com o objetivo de mudança de comportamento. Se esse for o objetivo, punição não serve. Logo, o uso social da punição não é para mudar o comportamento da pessoa punida, mas para justificar ainda mais sua exploração pelo sistema.
@lobocode@mile por isso venho preferindo usar os termos "neuromaioria" e "neurominoria", pois apontam para o caráter socio-político dessas diferenças, algumas são aceitas pela maioria política/social e outras são excluídas e oprimidas igual as demais minorias sociais. Não existiria nenhum padrão normal/típico/correto, apenas aqueles que são aceitos ou não. Todos são válidos, dentro de suas potencialidades, limitações ou demandas.
@mile@lobocode esse é o mundo vendido pelos médicos e pela medicina onde qualquer sintona precisa ser mascarado com doses de remédios e qualquer problema precisa ser corrigido para parecer o mais normal possível. Isso alimenta o processo capitalista de produção e de exploração dos nossos corpos. É essa a dimensão política apagada do processo e q não podemos deixar de lado...
@lobocode@mile Neurodiversidade é uma noção social/política igual a gênero, sexualidade ou raça: todas as pessoas são racializadas, tem suas vivências e expressões de gênero e sexualidade e sua maneira de sem comportar neurologicamente.
Individuos pode ser neurodivergentes ou neurotípicos, mas a noção de típico já foi sequestrado pela medicina q criou a abominação neuroatípico. E típico tem a conotação de nornalidade, levndo o atipico/divergente a ser considerado doente ou anormal.
@mile@lobocode e dizer que deficiência é social é o q vai garantir que PcDs tenham de fato acesso aos tratamentos médicos que precisam, pois hoje muitos não têm justamente porque a maior barreira pra isso é a econômica. Compreender a dimensão social da deficiência não é ignorar o aspecto fisiológico da mesma, apenas reconhecer q o PROBLEMA não deveria ser o corpo, mas a forma como esse corpo é excluído socialmente, logo a SOLUÇÃO deve ser a inclusão política do corpo!
@lobocode@mile mas não estão separados! Quem separa é a própria medicina que IGNORA e EXCLUI os valores políticos e sociais. A luta política é por Inclusão de todos, até dos médicos e suas praticas. Mas o problema é q o viés biomédico exclui os valores e problemas sociais e o "biopsicossocial" individualiza um problema q é necessariamente coletivo. Já ouvi muita barbaridade de médico q ignora isso e acolho tantos outros NDs q sofrem igual dessa exclusão. O inimigo é o capitalismo.
@lobocode@Bruiserzinha a luta deve ser pela humanização e desmedicalização da vida, principalmente da neurodiversidade, que surge como conceito Político e foi cooptado pela medicina. Quer se submeter ao stablishment médico, use os termos médicos, mas deixe os políticos fora disso, por favor. Isso sim só atrapalha!
@lobocode o capacitismo é reforçado pela medicina ao tratar a neurodiversidade como condição médica, ou seja, doença. Seu argumento não se sustenta. A medicina não tem sido a nossa aliada e o maior exemplo disso é brasileiro e não é o CFM adotando cloroquina como medida de tratamento pra COVID, mas sim o Holocausto Brasileiro.
E outra, medicina não é ciência enquanto ela ignorar as ciências humanas que denunciam suas barbaridade.
@lobocode quem deve avaliar a neurodiversidade somos nós mesmos, não os médicos. Houve uma época não tão distante que homossexualidade era considerada tb doença e já teve até países que emitiam laudos e atestados. Imagine a sociedade que teríamos se um casal LGBT tivesse q pedir laudo médico pra se casar ou poder ter filhos? Mas isso ACONTECE DE FATO com a medicina e a neurodiversidade. Nos EUA, muitos pais autistas perdem a guarda dos filhos apenas por terem o diagnóstico.
@lobocode@mile E isso q vc tá pedindo, q apenas médicos avaliem quem é neurodivergente é o q os gringos chamam de "medical gatekeeping", mais uma forma de exclusão em um país extremamente excludente.
E outra, por definição, Neurodiversidade é uma condição geral, todos nos enquadramos, da mesma forma como nos enquadramos no espectro de diversidade sexual e de gênero, por mais q o nosso seja o padrão heterocis. Diversidade é pra todos ou torna-se fetiche de exclusão. E isso é errado.
@mile@lobocode mas esse que é o ponto: não existe criticidade na compreensão do que é de fato doença ou não e se coloca tudo no mesmo balaio. Doença mental é diferente da doença corporal e não dá ora comparar. Sofrimento não é doença e o q os DSMs da vida fazem é classificar sofrimento como doença pra conter pois isso atrapalha a produtividade. Não dá pra pensar medicina moderna fora do capitalismo tb. Doença é algo q precisa sim ser cuidado, mas nem tudo é doença e sujeito à medicina.
@lobocode@mile neurodiversity surge como conceito Político originalmente, para dizer que as diferenças neurológicas são naturais e precisam ser respeitadas, incluidas e acolhidas. A medicina capitalizou em cima disso e transformou em doença a ser tratado ao invés de promoção de políticas públicas de inclusão. E sim, Neurodiversidade não é diagnóstico, é identidade social e política, igual as demais identidades sociais e políticas.
@lobocode@mile mudando a lei que se apresenta como barreira de acesso e excluindo pessoas para servir apenas aos interesses dos planos de saúde. A luta precisa ser política por conta disso!
@lobocode@mile esse é um problema grave pq o suporte q vc precisa não é o suporte que te vendem. Tb sou Autista (não sou transtorno nem diagnóstico) e sou psicoterapeuta tb. Acolho muitos autistas e já tratei tantos outros q foram torturados por essas "terapias" q são vendidas. O suporte q precisamos é o acolhimento social, é derrubar os preconceitos e entender as nossas necessidades sensoriais. Não deveria ser o q se vende: formas de contenção e fortalecimento da camuflagem.
@lxo o q vc tá fazendo é chamando Youtube de Cinema, chamando rádio de show ao vivo, só pq no primeiro dá pra ver filme nos dois e no segundo dá pra ouvir música nos dois. A questão não é o q vc faz com isso, o quanto vc quer improvisar ou desconstruir, mas sim não desconsiderar o q algo é pela experiência humana só por querer excluir da equação esse fator. Ver um filme no YouTube não é o mesmo q ir ao cinema, por mais q o filme seja o mesmo. É esse o ponto.
+) E o Pod no iPod fazia referência ao dispositivo, como uma cápsula individual, um "pod". Quando Adam Cury criou o podcast foi influenciado pelo jornalista q cunhou o termo e pelo fato de um amigo dele ter criado pra ele um plugin para o iTunes poder transmitir seus MP3 para quem assinasse seu feed RSS: o RSS2iTunes, q depois passou a ser nativo ao sistema da Apple. ?
Pablo de Assis:psic: Psicólogo (Espaço Anima - Cwb),Professor (UP e UniDomBosco),Pesquisador (doc UFPR),Podcaster,Palestrante,:PauloFreire: Provável Pedagogo,Pai de pet :doge:🐕🐱😸😼😺😻e:v_com: Principalmente Proletário. :autism: #autista #neurodiversidade