O único neuro diverso ass hole que tenho referência é o Elon Musk. Isso sinaliza algo importante: não existe burguês bom! Ah, e antes que vc tome as dores: se vc trabalha e recebe salário, você não é burguês.
@lobocode@mile esse é um problema grave pq o suporte q vc precisa não é o suporte que te vendem. Tb sou Autista (não sou transtorno nem diagnóstico) e sou psicoterapeuta tb. Acolho muitos autistas e já tratei tantos outros q foram torturados por essas "terapias" q são vendidas. O suporte q precisamos é o acolhimento social, é derrubar os preconceitos e entender as nossas necessidades sensoriais. Não deveria ser o q se vende: formas de contenção e fortalecimento da camuflagem.
@lobocode@mile neurodiversity surge como conceito Político originalmente, para dizer que as diferenças neurológicas são naturais e precisam ser respeitadas, incluidas e acolhidas. A medicina capitalizou em cima disso e transformou em doença a ser tratado ao invés de promoção de políticas públicas de inclusão. E sim, Neurodiversidade não é diagnóstico, é identidade social e política, igual as demais identidades sociais e políticas.
@passis@mile fiquei bem confuso agora. Então a diversidade da neuro diversidade não é um quadro que só pode ser identificado através de um médico especialista clínico!? Se for isso mesmo, o DSM-5 e CID-11 são obstáculos e algo a ser evitado!? Ambos n colocam a neuro diversidade como doença. Ao invés, colocam como distúrbio. É correto comparar neuro diversidade com identidade de gênero!?
@lobocode@mile E isso q vc tá pedindo, q apenas médicos avaliem quem é neurodivergente é o q os gringos chamam de "medical gatekeeping", mais uma forma de exclusão em um país extremamente excludente.
E outra, por definição, Neurodiversidade é uma condição geral, todos nos enquadramos, da mesma forma como nos enquadramos no espectro de diversidade sexual e de gênero, por mais q o nosso seja o padrão heterocis. Diversidade é pra todos ou torna-se fetiche de exclusão. E isso é errado.
@lobocode quem deve avaliar a neurodiversidade somos nós mesmos, não os médicos. Houve uma época não tão distante que homossexualidade era considerada tb doença e já teve até países que emitiam laudos e atestados. Imagine a sociedade que teríamos se um casal LGBT tivesse q pedir laudo médico pra se casar ou poder ter filhos? Mas isso ACONTECE DE FATO com a medicina e a neurodiversidade. Nos EUA, muitos pais autistas perdem a guarda dos filhos apenas por terem o diagnóstico.
@passis@Bruiserzinha pensar e ser diferente se chama pluralidade de ideias e pensamentos. Por outro lado, concordo ctg que todos os meus prejuízos persistentes na comunicação e interação social ao longo da vida, não deixam de existir pq uma autoridade médica incompetente (e temos vários exemplos disso), não soube avaliar. Se tiveram inúmeros médicos de cloroquina, qui çá outros p/avaliarem porcamente nossa condição!
@lobocode o capacitismo é reforçado pela medicina ao tratar a neurodiversidade como condição médica, ou seja, doença. Seu argumento não se sustenta. A medicina não tem sido a nossa aliada e o maior exemplo disso é brasileiro e não é o CFM adotando cloroquina como medida de tratamento pra COVID, mas sim o Holocausto Brasileiro.
E outra, medicina não é ciência enquanto ela ignorar as ciências humanas que denunciam suas barbaridade.
@lobocode@Bruiserzinha a luta deve ser pela humanização e desmedicalização da vida, principalmente da neurodiversidade, que surge como conceito Político e foi cooptado pela medicina. Quer se submeter ao stablishment médico, use os termos médicos, mas deixe os políticos fora disso, por favor. Isso sim só atrapalha!
@passis@Bruiserzinha concordo contigo mas só até a página 2. Digo isso pq, separar o laudo médico (baseado em pesquisa, em ciência, em métodos, histórico e estudos), gera um problema gigantesco! Seria como alimentar o capacitismo em uma proporção incalculável e descontrolada! Imagine que tenhamos mtas pessoas se auto declarando neuro diversa simplesmente por oportunismo!? O Sr.Kogos faz isso o tempo todo! Ser neuro divergente não é simplesmente PENSAR e SER diferente!
@passis Eu poderia pensar assim tbm. Mas isso não me ajudaria socialmente falando. Só passo a ser assistido, ser reconhecido e a ter direitos com o laudo. Sem ele, n deixo de ser TEA por ex. Mas sofremos na pele a falta de assistência se ignorar-mos o laudo. Sinto que Kogos paga de autista pra tentar justificar as merdas que faz e fala pois, ele qdo ele se auto declarou neuro diverso, foi exatamente nesse contexto. Percebe que ele fortalece o capacitismo!? Só atrapalha! @Bruiserzinha
@lobocode@mile Neurodiversidade é uma noção social/política igual a gênero, sexualidade ou raça: todas as pessoas são racializadas, tem suas vivências e expressões de gênero e sexualidade e sua maneira de sem comportar neurologicamente.
Individuos pode ser neurodivergentes ou neurotípicos, mas a noção de típico já foi sequestrado pela medicina q criou a abominação neuroatípico. E típico tem a conotação de nornalidade, levndo o atipico/divergente a ser considerado doente ou anormal.
@passis@mile então, dentro dessa visão, todes são neuro divergentes!? em caso positivo, porque neuro diversidade se encaixaria no conceito de minoria !? Pois como movimento político, penso que a abrangência é total!
@lobocode@mile por isso venho preferindo usar os termos "neuromaioria" e "neurominoria", pois apontam para o caráter socio-político dessas diferenças, algumas são aceitas pela maioria política/social e outras são excluídas e oprimidas igual as demais minorias sociais. Não existiria nenhum padrão normal/típico/correto, apenas aqueles que são aceitos ou não. Todos são válidos, dentro de suas potencialidades, limitações ou demandas.
@mile@lobocode@Bruiserzinha E aí entra a necessidade de compreender o que são esses "recursos de acessibilidade" que não são recursos de adaptação, mas sim recursos de derrubar barreiras de acesso. Pessoas diferente possuem necessidades diferentes e elas precisam ser atendidas, sem restrição, como acontece hoje em dia que existem muitas barreiras. Enquanto existirem barreiras, não teremos inclusão nem acessibilidade. "De cada um conforme sua capacidade; a cada um conforme sua necessidade".
Eu acho que depende muito. Ao que a gente está se referindo como direito? Eu acho que todo mundo deveria ter os mesmos direitos, mas ter os mesmos direitos é diferente de ter os mesmos recursos (de acessibilidade) para igualar o quanto a gente consegue acessar esses direitos.
@passis Dentro dessa perspectiva os direitos constitucionais dados aos que estão sob a condição do espectro autista, em um mundo onde não dependemos de avaliação médica, esses direitos e acessos seria de todos ou haveriam algo específico para esse grupo de pessoas (que são prejudicadas no convívio social)? Qual sua visão? @mile
@elisboa@lobocode Não teve não, Eduardo. Ele ainda existe e é muito mais forte do que imaginamos! Só que atualmente ele é marginalizado e disfarçado atrás de exames de imagem e resultados de laboratório, além das políticas públicas que excluem as populações marginalizadas e todo o continente africano de acesso ao mínimo necessário para a sobrevivência. Só ver como o estado capitalista lidou com o acesso às vacinas de COVID e quem teve acesso ou não. É atual isso, amg.
não gosto dessa caracterização que parece culpabilizar a vítima do sistema
não ser capaz de resistir a uma agressão, ou mesmo de encontrar os meios para se tornar capaz, não faz de alguém parte do problema
o problema vem da injustiça imposta pelo sistema, que inclui os meios pelos quais o próprio sistema bloqueia ou se defende de possíveis reações das vítimas
a dificuldade de encontrar o caminho para resistir coletivamente não é culpa atribuível às vítimas; são inúmeras as barreiras que o sistema instala no caminho para que não seja trilhado.
ter as energias e recursos drenados pelo sistema a ponto de não ser capaz de resistir nem de buscar ajuda não é culpa atribuível às vítimas.
cabe frustração, sem dúvida, mas ela deve ser direcionada e ter sua origem identificada no sistema que provoca a injustiça e bloqueia os caminhos para a resistência coletiva
@lobocode@gattaraS2 Novamente, vc está ignorando q seu problema não é médico, mas sim político e trabalhista. Um médico servir como porteiro de acesso aos seus direitos políticos e trabalhistas é uma barreira e um problema e a medicina aceitar esse papel só mostra sua parte em fortalecer esse problema. Problemas sociais precisam ser resolvidos assim. Problemas trabalhistas são problemas capitalistas. Sem reconhecer isso, vc se torna parte do problema tb.
@gattaraS2@passis o ponto que quero levantar é: reconhecido os erros e atrocidades praticadas na medicina antigamente, a medicina atual, toda ela precisa ser invalidada a partir de agora!? pq, por ex, pra ter apoio no trabalho como TEA, minha palavra n basta (a firma exige o laudo). Como faz!?
@passis@lobocode na verdade acaba existindo isso ainda hj em processo de pedido de asilo com base na sexualidade. Alguns tem o pedido negado pq não estão dentro do esteriótipo ocidental de homossexuais