@r_evangelista@josemurilo@antoniomartins Com certeza! Estabelecer regras para os algoritmos seria apenas uma linha de ação (e nem sei se seria possível politicamente). Não sei como levar essas empresas a mudar o modelo de negócio.
É aquela coisa de sempre da identidade: se o ocidente não te vê como ocidente não adianta você se considerar ocidental ou apelar pra geografia; no máximo você é ocidentalizado, o que é bem diferente e meio triste
A cabeça de porco real tem um elemento mórbido que acho que nunca vi nas provocações de torcida. A imprensa repetindo a cena e exibindo a cabeça morta no campo refaz o ato, a provocação e a morbidez
@Roneyb sim, é bom lembrar que somos animais. Mas o comportamento, pra nós e pra eles, é dado por uma relação complexa com o ambiente, que inclui o simbólico. E o nosso é bem complexo.
No episódio do mito, eles tentaram "explicar a diferença do cérebro de direita e de esquerda", o que é bem zoado. E fizeram isso usando praticamente só falas do behaviorismo
@Roneyb o que estou chamando de sociobiologia rasteira é essa insistência em procurar no comportamento animal "razões profundas" do comportamento humano. é um pensamento bem senso comum, pq é simplista. no Escafandro isso apareceu muito num episódio em que eles discutem "pq votam no mito?". Eu até destrinchei os erros e a estrutura do episódio com os alunos. Não é sempre que esse simplismo aparece ou atrapalha, mas como venho de uma outra tradição me incomoda muito (e acho destoante com o posicionamento político do programa)
Eu gosto bastante do Rádio Escafandro. Tava ouvindo agora o episódio deles sobre fisiculturismo que é excelente. Além do tema, acaba explicando um pouco o que é a etnografia e algumas questões do trabalho de campo.
Mas pô, que tara que eles têm pela sociobiologia das mais rasteiras... Até quando entrevista antropólogo arrumam um jeito de colocar as teses mais toscas lá