Foto da página 8 do livro Histórias de Robôs - Volume 3, editado por Isaac Asimov, destaque para os 3 últimos parágrafos: Mais estranha ainda é a tenaz oposição a qualquer modificação no teclado das máquinas de escrever, embora o padrão universal seja um disparate criado pelo inventor do instrumento por motivos banais. O mais avançado dos computadores atuais (inclusive o que estou usando neste instante) emprega esse teclado. Na realidade, ele diminui a velocidade datilográfica por causa da utilização desproporcional das duas mãos, principalmente ao favorecer a maior aplicação da canhota num mundo em que noventa por cento da população é mais hábil com a direita. Por que essa atitude refratária a mudanças? Simplesmente pelo medo que se tem do processo de reeducação! As pessoas adultas gastam infinidades de horas para se habituar com polegadas e milhas, com os vinte oito dias de fevereiro, com letras que não se pronunciam, em night e debt por exemplo, com exercícios de datilografia e sabe Deus mais o quê. Introduzir algo completamente inédito implica recomeçar tudo de novo, voltar à estaca zero da ignorância e correr o velho risco, tão conhecido, de possíveis fracassos.
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