Entendo que existem falhas que não tem como ser compensadas à altura, mas você não fazer nenhum esforço para compensar a pessoa de alguma forma ou pelo menos reduzir o dano, é muito estranho pra mim. E eu acho que esse é um modus operandi cristão, onde para se redimir basta você se confessar e pedir perdão. No meu sistema de crença eu penso que isso é insuficiente porque a questão continuará ali, afetando negativamente todas as pessoas envolvidas.
Uma coisa que é um choque cultural pra mim é quando alguém apenas me pede desculpas por alguma coisa, e não oferece nenhuma compensação pela sua falha. Eu acho uma banalização do perdão. Quando o orixá está insatisfeito com você, você precisa fazer sacrifícios, oferendas, e modificar seu comportamento, caso contrário não adianta nada, você vai continuar com sua vida atravancada até resolver a questão.
Estou a caminho do meu 3° ano de iniciação em Obatalá e mesmo ainda não estando no Ilê com a frequência que gostaria, acho nítida minha transformação e adaptação à filosofia iorubá, o Isese L’agbá, porque vejo nitidamente algumas coisas: 1) a cultura hegemônica é cristã e as pessoas agem conforme esse sistema de crenças, mesmo que não sejam da religião; 2) já acho essa filosofia de vida muito esquisita e não faz nenhum sentido pra mim, mesmo vivendo mais tempo nela do que no Isese L’agbá.
Não gosto muito dessa coisa de meta de leitura, acho que gera mais ansiedade do que prazer na leitura. Mas fiz essa meta mesmo assim, porque eu acho que uma média de pelo menos um livro por mês é meio que uma obrigação pra quem vive de produzir conhecimento. Então tá aí a meta batida! https://velhaestante.com.br/user/felipesiles/goal/2024
Uma vez eu fui na otorrino, ela perguntou se eu estava com o nariz entupido, eu disse que não. Ela examinou e me disse: “está muito entupido, é que você já acostumou com ele desse jeito”. Eu tenho impressão que o mesmo acontece com pessoas desorganizadas e distraídas, a desorganização e a distração causam sofrimento, mas eu sinto que algumas pessoas já tornaram esse sofrimento um hábito, se acostumaram com ele, igual eu me acostumei com o nariz entupido.
@umbu mas eu acho que vai ser um cenário com mais verniz de liberdade do que uma ditadura. Os caras vão te dar várias opções ruins e dizer que você tem liberdade de escolha entre elas.
@uma_mocinha nunca usei microfone no celular, mas imagino que um Rode ou até um mic de lapela podem funcionar bem. Se quiser investir em algo mais robusto, compra um gravador da Zoom ou da Tascam, aí nem vai precisar do celular.
Ah, e esse é um mundo onde o cidadão é substituído pelo fanboy. O estado é tão irrelevante no cotidiano das pessoas que as grandes polarizações passarão a ser: Galaxy X iPhone, Marvel X DC, Xbox X Playstation e assim por diante.
E além da propriedade privada a única coisa que será regulamentada é a proibição do aborto, já que esses caras tem uma certa tara, que nem Freud explica, por controlar útero de mulher.
Pra que se preocupar com bobagens como expectativa de vida? Pra cada trabalhador que morre abandonado à própria sorte pelo estado tem 5 crianças nascendo que em breve vão desejar ter o novo iPhone.
Eu não acho que estamos voltando para tempos de ditadura, acho que o cenário para o qual estamos avançando tem mais a ver com uma distopia ancap: empresas poderosíssimas e estados que abandonam seus cidadãos à própria sorte. Regulamentação mínima, que apenas garante a propriedade privada, uma verdadeira terra sem lei. Quer educação, saúde, alimentação, segurança, e até justiça? Vai ter que pagar, e caro. Quer ser de esquerda? Ok, temos bons produtos pra te vender.
Faço parte da Ayom, um coletivo digital que tem como objetivo construir um espaço saudável e criativo na internet, com protagonismo de pessoas negras e de esquerda.Sigo de volta todo mundo que tiver uma foto de perfil, postagens recentes (em português ou espanhol) e uma bio minimamente interessante.