O artigo analisa as recentes mudanças nas políticas da Meta, incluindo a flexibilização na moderação de conteúdo e o abandono de agências de checagem de fatos. Essas transformações situam-se em um contexto mais amplo de ascensão da influência do Vale do Silício na política norte-americana, especialmente após a eleição de Donald Trump. Argumenta-se que tais alterações não são apenas reações a plataformas concorrentes como o X de Elon Musk, mas refletem uma visão de mundo compartilhada pelas Big Techs, baseada em princípios do neoliberalismo aplicado ao digital e do capitalismo de vigilância. Além de examinar os impactos na difusão de desinformação e discursos extremistas, o texto discute o papel das redes sociais na modulação do comportamento político e social. Por fim, são apresentadas alternativas regulatórias e tecnológicas para mitigar a dependência das sociedades em relação às grandes plataformas digitais.