Ontem debati com um amigo o tema dos dedinhos, facçoes e oq se pode ou não fazer. O que eu pontuo, além doq já foi levantado em outra thread aqui, é que uma parcela da população está descobrindo as facções e suas regras agora, mas não há na mesma medida uma reflexão reversa de que a sociedade de bem, é também uma facção e por meio de sua milícia já impõe oq se pode fazer ou não em Pindorama a 5 séculos. A elite, a classe média, o cidadão de bem, a família brasileira é atroz. E sempre dominou o território com sangue de quem se opôs a esse padrão. O que tá pegando é que estão entrando em contato com territórios fora do seu monopólio da violência.
O ponto é: por um lado a sociedade brasileira é a-historica, sua razao civilizatória é inquestionável. Por outro lado, esta mesma sociedade nunca atribuiu aos subalternos a capacidade de ter historia, por isso o susto: "isso não existia; do nada eu não posso mais me expressar com meus dedinho".
Não romantizo a situação das guerras entre facções de forma alguma, mas acho importante entender esse papo de determinações sócio-históricas pra poder organizar algo parecido com justiça.