Mas a precarização em curso da rede (desde 2015), orçamentária e de pessoal (cadê os novos códigos de vagas?), mas também pela legislação (BNCC e NEM é um taque direto aos IFs, a terceirização ataca a carreira TAE) vai criando uma contradição interna que se expressa em resquícios daquela atuação aspiracional dos primeiros anos da rede federal (naquele momento fazia sentido, hoje não mais), com uma desesperança generalizada, que se reflete no individualismo (minha carreira, minhas aulas, meu projeto, meu departamento, etc). (continua...)
Daí IF perde a noção da sua própria institucionalidade, vai se verticalizando, centralizando, des-democratizando ou transformando o desenho de gestão que deveria ser descentralizado, distribuído e horizontal, em uma democracia meio que teatral, na qual a lógica top-down acaba se impondo.
O desleixo com Rede Federal faz com que, numa espécia de estratégia de sobrevivência, fujamos das nossas bases conceituais contra-hegemônicas e reforçamos tendências de reprodução dos discursos que levaram o país aos níveis atuais de desigualdade social e desvalorização do trabalho.