Para mim, sem pestanejar, o maior drama da minha vida é a questão imobiliária.
Acho tudo muito caro, fico com receio de me enrolar com o financiamento do bem, fico com receio de não conseguir me adaptar a um imóvel muito pequeno (no sentido de inviabilizar qualquer passatempo por anos e anos a fio) e, mais do que nunca, temo escolher um endereço que será prejudicado pela extinção da CPTM.
Eu estou cansado de certos papos (o que já rendeu vários textos para o @commu), sigo envelhecendo e não consigo sentir que vou escapar da perversidade de um financiamento ou de um aluguel.
E o que mais me surpreende foi ter desenvolvido, ao longo de mais de uma década, como parte da minha carreira e das lutas que travo e já travei, certo grau de inteligência espacial. Eu não faço minhas buscas no limbo, mas quanto mais eu busco e aprendo, mais eu reforço minha percepção em torno das barreiras do mercado imobiliário formal.
É uma sinuca de bico. Morar numa gaveta num bairro estratégico da Zona Leste ou partir para os mares da Grande São Paulo, tentando esticar a relação entre preço da unidade e metragem? Ainda não sei dizer.