abusando da mediação, controle alheio pode até mesmo suprimir informação relevante, ou apresentar informação enviesada, direcionada, sorrateiramente afetando e controlando não só decisões automatizadas como o próprio pensamento. e se hoje nossos robôs com atuadores mecânicos se limitam, em contexto residencial, a atividades comuns como aspirar o chão, destrancar portas, acender e apagar luzes e estimular genitais, e menos comuns como desfibrilar um coração, injetar ou liberar hormônios e medicamentos, não tarda que assumam funções de segurança, faxina, cuidados, logística, transporte, acessibilidade, secretariado, ... servirão a nós, ou aos interesses de seus fabricantes e parceiros, como hoje fazem máquinas de café e impressoras que só aceitam insumos monopolizados? nos fornecerão informação relevante para nós ou para o fabricante, o governo, o anunciante como as redes antissociais devassas? serão agentes de nossos princípios, valores e vontades, ou nos infantilizarão sendo nossos adultos irresponsáveis? serão nossos servos ou agentes de nossos senhores em nossas vidas particulares? seremos livres ou teremos nossas vidas mediadas? essa é a questão crucial do software que controla nossos computadores (em suas várias formas) e, em breve, robôs (computadores com rodas, pernas, atuadores): ou nós os controlamos para que sirvam a nós, ou quem os controle nos controlará para que também lhes sirvamos.
boas vindas ao meu mundo ;-)