O que o Rodrigo falou bateu muito forte em mim:
"Enquanto eles estavam pedindo ajuda pra lidar com os sentimentos, a gente não ouvia, porque a minha geração tava saindo na porrada, ninguém se expressava, e eles se expressaram e a gente não ouvia, o que foi um erro"
Isso me pegou bastante, Emo nunca conversou comigo porque nessa época o que falava comigo era o grunge, o hardcore mais político e o niilismo autodestrutivo do death metal.
Sem contar que eu olhava pra estética dos caras e o que eu via era um monte de filhinho de papai, não tinha nenhuma identificação com eles.
Também ressoa com o que ouvi hoje de um cara falando sobre como foi foda pra ele entrar na faculdade e trombar playboy de classe média que só queria farra, enquanto ele era o primeiro da família a cursar faculdade.
Palavras do cara (hoje doutor) "Eu me sentia bruto, mal euducado e tendo um choque de realidade de classes, sem ter a cultura sobre pra entender.
Na periferia eu tinha de ser grosso ou me engoliam, na faculdade, entre os playboys eu senti outro tipo de violência, a de classe."
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