O Brasil desempenhou um papel pioneiro no desenvolvimento de estruturas teóricas para o estudo de culturas digitais, mídia, ativismo e direito digital, bem como na promoção da ciência de acesso aberto. No início dos anos 2000, o Brasil sediou grandes eventos internacionais e discussões importantes sobre a comunidade e cultura do software livre e iniciou programas como “Pontos Culturais”, uma iniciativa estadual de alfabetização digital.
Como as rupturas e as continuidades moldam as histórias das tecnologias digitais? Como podemos desenvolver estratégias e táticas para abordar as rupturas causadas pela plataforma? Quais experimentos digitais criativos surgiram — e desapareceram — por meio do uso dessas tecnologias? Como podemos nos envolver com interseccionalidade, raça, gênero e geografia nessas discussões e no futuro dos Estudos da Internet? Como podemos desmantelar o colonialismo de dados e construir alternativas emancipatórias? Buscamos especialmente pesquisas que expandam perspectivas críticas e desafiem os entendimentos atuais de rupturas e continuidades digitais de perspectivas locais e globais.