@fbobraga@pensadorlouco em Novo Hamburgo, RS (lar do Etchegoyen, berço da conja do Bananinha) o TCE mandou a prefeitura atualizar o valor venal dos imóveis, depois de anos de disputa a prefeita não teve opção e mandou o projeto pra câmara. Praticameente todos vereadores que votaram a favor não foram reeleitos. O engraçado é que o valor venal antigo era ridículo e o aumento é progressivo ao longo dos anos mas a alemoada não perdoou :)
@fbobraga@pensadorlouco a prefeita tava no segundo mandato e a cidade elegeu um moleque do PP "pra se vingar do PSDB", o moleque jogou sujo e baixo como o coach candidato de SP e levou de lavada no 1o turno. Eleitor que vota assim,de vingança, só toma no fioto.
@fbobraga@pensadorlouco São 33 mas Porto Alegre com 35 tem exatamente o dobro de vereadores de esquerda, 12. Seis é muito pouco para ter chance de alguma mudança positiva.
@fbobraga@pensadorlouco alemoada pois descendem, de cultura germânica sobrou pouca coisa. Quando vivi lá falavam dialeto entre eles, hoje só falam errado mesmo não tendo o dialeto como idioma na infância. Não coube no post anterior: NH é onde fica o colégio daquele caso da festa "Se nada der certo", lembra. É um reduto conservador (mas não nazista como SC) desde o golpe de 64 quando a cidade experimentou um progresso maior até que o milagre do Medici por ser alinhadíssima com a ditadura.
@fbobraga@pensadorlouco Em NH tem "bugres" e tem negros. Quando eu morei lá os bugres (indígenas) eram nômades e acampavam num terreno próximo de casa, passavam um tempo lá e depois prosseguiam. Alguns iam se fixando na cidade. Miguel entrou comigo na escola na 1a série, o irmão dele já fazia o ginásio. A família morava num terreno onde montaram um toldo. Ao longo do tempo foram absorvidos. +
@fbobraga@pensadorlouco descende sim, só perderam boa parde da cultura e assimilaram a local. Agora importam a cultura fabricada como a gauchada "tradicionalista" importa tradições que nunca existiram.
@xenotar@pensadorlouco então, a maioria não (e nem sabe): não acha estranho que aparentemente parece não ter indígena de lá e os vizinhos terem muito? É algo envergonhado...
@fbobraga@pensadorlouco Os negros tinham um bairro do outro lado da BR116 que a alemoada chamava de "bairro África" mas tinha o nome oficial de Oswaldo Cruz. Pedro, o único negro da minha turma da 1a série morava lá. A sociedade alemã costumava "adotar" um para acultura-lo e mostrar que não era racista. O negro estudava em escola de elite, aprendia alemão, se vestia como os colegas e ia nas festinhas. Se desse mole ganhava uma ida pra Heidelberg quando formasse no médio.
@fbobraga@pensadorlouco Na colônia italiana do RS a expressão pejorativa é "pelo duro" Em NH é bugre, mesmo. Em geral eles tinham preconceito com "brazilerro" (tudo que não é descendente de alemão ou italiano) e "gringo" (os da colônia italiana) Os preconceitos com os casamentos "interraciais" (como dizem nos EUA) era e é bem grande mas as novas gerações estão ignorando. Também tinha problema de casamento de católico com luterano
@xenotar@pensadorlouco o próprio entrevistado no podcast finitude lá diz que avó dele (ou algo assim) chamava outra parente dele, de origem indígena, de "brugrinha", e dizia que era suja e tal