Poucas coisas me deixam tão feliz quanto Dia de Cosme e Damião caindo numa sexta-feira.
A conjunção de tanto, o sincretismo, a carga de significados e significantes correndo dialeticamente, paralelos e contra uns ao outros. Escuro-claro.
Embate-festa. O embate das mães (sempre mães, mães das mães, as mães dos irmãos de mães diferentes, mas irmãos ainda), perdido diante do argumento imbatível de ser sexta-feira - festa. Porque elas lembram.
Sim - lembram que hoje, escola é rua. Há coisas que se aprende só com buzina no ouvido, dedo desencapado e maria-mole na boca.
Mesmo sendo uma data marcada, esperada, tem ainda A Magia. O éter, hoje, fica mais delgado.
E pelo que se sente nas ruas, pelas coisas que vêm aos sentidos, parece que o outro lado tem cheiro de açúcar e riso.