"(...) A escolha de não dar visibilidade aos crimes de guerra cometidos por Israel contra os palestinos, ou de minimizar a violação sistemática dos direitos humanos sob o regime de apartheid, é uma decisão editorial que revela o poder da mídia em moldar percepções. A lógica é simples: aquilo que não é noticiado não existe no imaginário coletivo.
Se a imprensa omite as atrocidades da ocupação israelense, a ocupação torna-se, aos olhos da opinião pública, uma questão de menor relevância ou até mesmo inexistente. Assim, quando o Hamas realiza seus ataques, esses são enquadrados imediatamente como 'terrorismo', desprovidos de qualquer contexto histórico ou político.