Como era costume da época, logo que foi alforriada, Chica passou a ser dona de vários escravos. Segundo documentação analisada pela historiadora Júnia Ferreira Furtado, durante sua vida, Chica da Silva chegou a ser dona de pelo menos 104 escravos, negros como sua mãe ou mulatos como ela. Essa quantidade de escravos era bastante superior à média em Minas Gerais, naquela época. Chica da Silva vivia basicamente da exploração econômica dos seus escravos, que eram alugados e empregados nas minas, além de vários outros que trabalhavam na pecuária e agricultura ou eram escravos de ganho. Segundo a historiadora, não foi encontrada nenhuma evidência documental de que Chica tenha concedido liberdade a qualquer dos seus escravos.[15] .... Em 2025, foi divulgado o testamento de Chica da Silva, no qual ela declara que a maior parte dos seus bens consistia em escravos. Chica não concedeu liberdade a nenhum escravo no seu testamento, pelo contrário, todos eles foram transmitidos para os seus herdeiros. No testamento também consta que uma escrava, de nome Quitéria, deveria ficar servindo a mãe de Chica, Maria da Costa, na hipótese de Chica falecer antes da mãe.[20]
https://instancia.org/system/media_attachments/files/114/309/938/869/560/986/original/c57b754e53c18d15.png