@kariboka queria ter respondido antes, mas não rolou. Então, eu conheço essa argumentação e concordo com ela. Mas a minha leitura é que mídias sociais não se encaixam no modelo clássico de "ferramentas do capitalismo". Isso porque elas subvertem a lógica tradicional.
Ao ocupar um parlamento ou um sindicato, estamos, grosso modo, em uma posição mais ou menos de igualdade de atuação com as outras pessoas (sim, existem diferenças entre as pessoas, por isso disse mais ou menos). Entretanto, em uma mídia social privativa, o capitalista detém poder absoluto sobre ela e as regras mudam o tempo todo, através da manipulação do algoritmo. Com isso, suas publicações podem simplesmente ficar soterradas embaixo de lixo. Além disso, ao fazer parte dessas redes, você reforça outros perfis contrários, porque o conflito gera popularidade e aumenta a visibilidade daquilo que se critica. Ou seja, é um jogo em que a gente sempre perde.
Devemos encarar não as mídias sociais, mas a Internet fora delas como o território a ser ocupado. E isso acontecia antes da existência das mídias sociais. Ou seja, elas são uma armadilha para onde as pessoas caminham voluntariamente, acreditando que farão alguma diferença lá dentro. Eu não acredito nisso.
E, de novo, não é ficar fora delas, mas usá-las como referenciadoras das nossas reais ocupações, seja em blogs, wikis ou no fediverso. Mas não utilizá-las como nosso lar digital, nem nossa referência.
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