Assisti a Idiocracia (2005), do Mike Judge, seguindo uma dica que peguei ali no Órbita. O filme se passa em 2505 e “prevê” uma enorme regressão cognitiva da humanidade. Duas pessoas congeladas em 2005 e acordadas no futuro servem de parâmetro para o declínio, ou como ponto de vista do espectador naquele futuro distópico.
Fiquei fascinado com os vislumbres da sociedade idiotizada de 2505 na nossa, aqui em 2025. Marcas dando nomes a todas as coisas, serviços e lugares, o presidente dos EUA, a violência generalizada, “mas tem eletrólitos”. Meio sem querer, até a suposta raiz do problema — a procriação desenfreada de seres humanos supostamente burros — já se faz presente, mas subvertida como parte da distopia.
É como se estivéssemos 480 anos adiantados e, não bastasse isso, superando algumas das previsões de Judge.