Elton Carvalho
@alcateia eu não gosto da ideia de descrever o significado porque a descrição é uma ferramenta de acessibilidade a pessoawncom deficiência visual. O leitor é cego, não burro :)
Se tem algum significado que você entende vendo a imagem, a pessoa que não vê a imagem também pode chegar a essa conclusão se você descrever os elementos que te levaram a essa conclusão.
Gráficos, aí tem que entrar em alguma detalhes, tipo 'a curva passa a crescer mais rápido em 1997 e atinge um platô em 2013"
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@eltonfc @alcateia Oi pessoal. Então, essa é uma discussão tão antiga quanto a audiodescrição como prática profissional. Um dos mais antigos estudiosos da área, o Joel Snyder, cunhou a frase "Describe what you see", que virou mantra de muita gente por muito tempo. Só que de uns 10 anos pra cá tem se discutido muito os limites dessa postura, porque existem conteúdos visuais como alguns tipos de olhar que são muito difíceis de traduzir em palavras de um jeito que não use interpretação e transmita o que se está vendo. Especialmente em obras de arte, onde o todo muitas vezes é maior que a soma das partes, chega a ser recomendável interpretar.
Elton Carvalho
@alcateia o input do @caparica vai ser bem mais valioso do que qualquer coisa que eu poderia dizer
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@eltonfc @alcateia A minha perspectiva profissional e acadêmica é que a interpretação deve ser permitida, mas mantida em um mínimo funcional, apenas quando realmente não dá para esperar que o público reconstitua o que se vê a partir do que se ouve. Aí tudo bem. Mas um pouco de desmedida nesse tempero já pode criar descrições condescendentes que subestimam a cognição do público cego.
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